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Terças e quintas



Ah, malditas!
Terças e quintas.
Antes tão bem vindas,
Hoje só me trazem
Despedidas.
Antes tão bem quistas,
Hoje só são
Malditas.
Terças e quintas,
Terça, tô um trapo,
Quinta é um quinto,
Dos infernos, é claro!
Terça do terço
Que nunca rezei.
Talvez por isso
Pago pecados.
Talvez por isso
Essa agonia,
De quem nunca
Teve paciência
Pro terço
Ou um terço.
De amor
Ou de paixão,
Ou do que quer que fosse.
Terços não,
Sempre querendo
Todos e inteiros e tudo mais.
Quinta sem lua,
Quinta minguante,
Quinta minguada.
Eu minguo,
Eu sumo.
Quintas que não são
Quartos.
Mas que acabamos lá,
Sem porque
Nem pra que,
Pros quartos
Fazer besteira
Até que a quinta,
De novo,
Vire uma sexta.
E você parta,
Um parto te deixar ir.
Ah, malditas!
Terças e quintas.
Antes rodeadas
De boas quartas,
E ótimas sextas.
De bons vinhos,
E vinhos ruins.
E amanheceres,
É claro
E já era claro,
Sem sequer notarmos.
Ah, quinta maldita,
Que me deixa um caco.
Terça difamada,
Que me lembra a quinta passada,
E o quanto fiquei devassada.
Maldita que já foi bendita,
Pelo menos dá essa frase bonita!

- Suelen Vieira

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