Eu estou fraca, estou frágil. Por ora não consigo fazer movimentos bruscos, por ora não consigo me erguer muito alto, por ora não consigo lidar com barulhos, desorganizações, multidões, por ora me concentro em minha respiração. E tudo bem. Tudo bem estar triste, tudo bem estar frágil. Tudo bem querer ficar quieta. Tudo bem. Tudo bem querer passar o fim de semana em casa, tudo bem não querer ver ninguém. Tudo bem ser casulo por um tempo, casulo vira o quê? Borboleta não é mesmo?
Eu aceito essa fraqueza momentânea do mesmo jeito que aceito tudo na vida, pois que tudo é passageiro. Se é preciso se calar pra ouvir o que a alma pede, eu me calo. Com prazer, eu olho pra mim mesma, com prazer eu encaro minhas chagas, com prazer eu encaro o desprazer, com fé na vida, fé em mim. Eu calo, eu me aquieto, e eu me melhoro, e eu evoluo. Por fim agradeço, agradeço o momento, e durmo. Amanhã é um novo dia, ou talvez extensão dessa noite, amanhã eu tenho a mim de novo, amanhã estou aqui. Talvez melhor, talvez igual. Mas estou aqui pra mim e por mim.
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