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Mostrando postagens de dezembro, 2016
Tem dor que só precisa de um ouvido, só precisa ser ouvida, você vai aconselhar, vai falar coisas que até tem sentido, mas aquele que está em dor, muitas vezes não irá te ouvir, ele quer apenas sentir-se acolhido, só quer sentir-se abraçado, amado, querido. Ele não está no momento de querer analisar o que está se passando com ele, não está no momento de entender a dor, ele não quer entendê-la, mas ele sabe que ela dói, melhor do que ninguém, ele sabe! Então abrace, abrace bem forte, passe seu amor, sua fé, passe toda energia boa, num abraço bem apertado! Suelen Vieira
Logo eu, Que sempre fui de planejar cada passo Tenho tido preguiça de planejar até o almoço Logo eu, Que sempre fui de sofrer antecipadamente Tenho repetido com certa frequência, as seguintes frases: Amanhã penso nisso, Amanhã me estresso com isso, Amanhã sofro, se tiver que sofrer disso Se isso é viver melhor Ou protelar as decisões Eu não sei ao certo E também não vou pensar nisso agora.. Vou vivendo cada coisa no seu tempo, pelo menos a maioria das coisas, na maioria das vezes! Suelen Vieira

Elis Regina - Ponta de areia/Fé cega, faca amolada/Maria, Maria - (Montr...

Menina Arco-íris

Pintou-se de preto e branco Escondeu-se no cinza Correu para as cores frias Conteve seus passos Cerceou seus movimentos Questionou seus pensamentos Sua sanidade Suas vontades Seus quereres E até sua personalidade Usou de todos os artifícios Para esconder suas cores Cores vivas Cores quentes Cores de um veraneio Junto de suas cores Escondeu emoções Aceitou o inaceitável Permitiu que por ela Escolhessem Do prato Ao retrato Do parto  Ao fardo Que carregou em silêncio De tanto diminuir-se Encolheu em si mesmo Em sonhos Propósitos E divagações  De tudo que poderia De janeiro a janeiro Permaneceu ali Pequena, reclusa Até que  Num solstício de verão Explodiu em cores Pecou pela falta Explodiu pelo excesso De si, em si, por si, pra si! S uelen Vieira

Escrita

Vou continuar escrevendo Assim eternizo tudo Escrevo sobre a dor Mais tarde a releio Aprendo Apreendo Escrevo sobre o amor Que penso que sinto Mais tarde o descubro E o vejo como é E não era Escrevo sobre os fins Sobre os começos Sobres os meios Sobre os durantes Sobre as traições Sobre os problemas Sobre tudo Sobre nada Escrevo você Escrevo nós Começo nós na escrita Termino nós na escrita Relato os prazeres O gosto da boca Relato as dores O gosto da lágrima Relato nosso sexo Relato nossa dança E torno tudo eterno Eterno num poema Num conto Num verso Você pode me magoar Me quebrar Me machucar Mas o sorriso que me deu Tá guardado Desenhado Escrito por aí Eterno por aí E por isso continuo escrevendo E por isso insisto nisso O escrito vira O eterno brilho Da mente sem lembranças Sem memórias Suelen Vieira

Tiras

Tira Tira a calça Tira o vestido Tira a roupa Tira a vergonha Deita Beija Agarra Arranha Aperta Puxa Morde Ama Bota Bota fogo nessa cama Bota tudo Bota fogo nesse quarto Bota tudo Se esvai em mim Que eu me derreto em você Vai por mim Nessa noite cabem três Bota Bota calça Bota vestido Bota roupa Bota vergonha Deita Beija Abraça Afaga Carícia Conversa Mordisca Ama Suelen Vieira

O ser

A paz que me faz A calma na alma A luz que me traduz A sina que me assassina A guerra que me enterra Guerra que me encerra A ressalva que me salva A jura que me cura A tormenta que me alimenta A vingança que me cansa A prece que emudece O silêncio no ócio O grito no peito aflito A luta que transmuta O olhar que tira o ar O desejo que arranca o pejo Tua vinda que me finda A volúpia que arrepia O horror do que posso supor O amor pelo o que posso  compor A fé que me é O que sou E me faz E me traz E fará E trará Tratará  Apagará Suelen Vieira

Sobre tudo e sobre nada

É o fel É o mel É o céu É o véu É o feto O afeto É o mito O aflito É o fim É o sim É o não E o pois não É o pão Que me negas É a vida Que me tiras É vida? E quem é que dita? Concepção? Ou não? É o passado Que condena É o futuro Obscuro É o muro Que constróis É a destruição Do orgulho É a arma Que mata É a música Que salva É a droga Que explora A cultura Que sutura É o machismo O sexismo O passado No presente Pai ausente Filho carente É o tudo É o nada Todos os assuntos De nenhuma alçada Suelen Vieira

Bem no mal

Estou bem Mas às vezes fecho os olhos E sinto que algo em mim, chora O fato de estar bem Reforça a desconfiança que estou mal Como estar bem Num mundo tão mal Tanta maldade e miséria Tanta tristeza e ingratidão Será que é possível estar realmente bem Ou é só ilusão? Uma faixa que nos cega Falta de compaixão Será que a bondade é tão forte Que consegue nos deixar realmente bem Nesse mundo que jaz no mal Será que é falta de empatia? Ou é, de fato, paz de espírito? Quão resistente é isso? Será que é possível ajudar em algo com isso? Se não mudamos nada ao nosso redor Nossa tranquilidade vale algo? Ou se torna apenas frieza? Ou nos tornamos, apenas imunes? Suelen Vieira

Cores

Se eu abro os olhos É tudo preto e branco É tudo acizentado Só violência E dor Só preconceito Ego E Egoísmo Mas se eu os fecho Ah eu vejo tudo em cores Vejo montanhas Que pintam um céu azul Vejo um lindo horizonte De esperança E união De fé E caridade Aqui, Embaixo das minha pálpebras Tudo é em cores Cores fortes E vivas Cintilantes E minhas Suelen Vieira

Vem cá

Vem cá, E traz um pouco de calmaria Pra essa bagunça  Pra esse caos Vem com tua calma E desacelera os meus ponteiros Que insistem em correr Sem porque Sem pra que  Sem direção Sem razão Só correm Ansiosos por um amanhã  Que nem sabemos se virá Vem cá  Com tua calma quase fria Que aquece tudo em mim Tudo em nós Nessa cama Nesse quarto  Tudo inflama  Tudo em chamas  Vem cá,  Um pedido que sai num só gemido  Quase inaudível  Que só se faz presente Quando colo minha boca No teu ouvido E sussurro baixinho  "Vem cá" Suelen Vieira

Segredar

Vou inspecionar você Até descobrir Cada segredo Que sua alma guarda Até descobrir Cada mistério Que te faz Você Suelen Vieira

Espetáculo

Se fazes da vida Rascunho mal feito A quem culparás Senão a si mesmo? Se não te colocas Como protagonista Da sua própria história A quem culparás Senão tuas escolhas? Se não és autora Do teus enredos E roteiros A quem culparás Senão os teus medos? Cria, recria Artista, protagonista Escreva a ti mesmo Mas nunca assista Seja aplaudida Não seja aplauso Não da tua vida Quem decide a hora de fechar as cortinas És tu! (Suelen Vieira)

Ser

Eu não sou várias coisas que eu gostaria de ser Mas sou várias coisas, que um dia quis Sou o potencial do que me tornarei E o espectro do que me tornou Sou um passado Um presente E um futuro Entrelaçados por possibilidades Pecados E pretensões Sou um todo Preenchido de sombra e luz De ontem e hoje De amanhã e depois Sou o agora E não posso ser mais que isso Não hoje! (Suelen Vieira)