A capricorniana está na mitologia grega como aquele ser misterioso, que cospe gelo, quer congelar todos ao redor, e ser a todo custo, a rainha desse topo de gelo. Aliás, mitologia grega que nada, crendice popular mesmo.
Ainda que fosse real, gelo por um acaso não queima como o fogo?
Ela queima, derrete, arde, vira pó, renasce. Tudo isso sem mudar a expressão do rosto. Ela é uma bagunça metodicamente organizada.
Antes de te encontrar ela treina o ‘Oi’ dela, o teu ‘Oi’ e o ‘Como vai?’ que se segue, de ambos. Ela treina a fala, a réplica, a tréplica, e ai de quem não seguir o script.
Quatro elementos: Ar, água, fogo e terra. Quem mais terra que ela? A palavra chave pra ela é ‘certeza’. Ela quer certezas. Ela quer ter a certeza, que você quer com certeza, aquilo que nem ela sabe ainda se quer, ao certo. Mas ela precisa ouvir o:
- Sim, eu quero!
Para então dizer:
- Ah, legal. Vou pensar a respeito e te digo se quero tá. Não me pressione.
Loucas.
Interessantes.
Determinadíssimas.
Intensas.
Nervosas.
Ansiosas.
Ciumentas.
Leais.
Na maioria do tempo, fiéis. Mas sempre, leais.
Ela é leal quando colega, quando amiga, quando companheira, quando namorada, quando esposa, e quando tudo isso acaba. Lealdade, terra, raiz, segurança. Sugestões do Google ao pesquisar Caprica.
Ela não irá trair sua confiança, e se ela trair, ela irá se martirizar por isso, pois ela traiu a si mesma. Se você trair a confiança dela, ela sai dali. Você não irá mais encontrar ela no olhar, no abraço, no beijo, ela fica mesmo sem estar. Ausência presente.
Ela tem dificuldade de ir. De romper padrões, de colocar pontos finais. De cortar raízes. Mas algo nela vai embora, é quase que involuntário.
Você a perde. Ela fica, mas você a perde.
Assim como ela é leal, lealdade é importante demais para ela. Provavelmente a pior falta pra ela, a que mais machuca e tortura. Obrigar ela a ir. A encerrar um de seus ‘Para Sempre’.
Se a traição física machuca, a de companheirismo maltrata.
Elas não são frias, nada disso. A não ser que você provoque isso, o que elas podem ser é fechadas, de início. Muitas vezes acontece delas se tornarem cada vez mais práticas com relações duradouras, justamente pelo terreno estável, que a favorece e a deixa confortável.
Confortável pra ficar em silêncio, pra dormir do seu lado, e dormir mesmo. Pra relaxar, pra se abrir e o inserir em seu complexo mundo.
Aquele mundo inteiro, dentro dessas cabeças nascidas em verões, em veraneios.
Prepare-se para conversas de diálogo rápido, e vários assuntos simultâneos. Pra ouvir na segunda vez que você pergunta ‘O quê?’ um ‘Nada, esquece’.
Paixão. Pedrinha no sapato da caprica. Gente é desestabilizar o estável. Sacudir uma poeira intocada. Então a entrega dela tem um ou cinquenta tons de loucura. Mas é entrega mesmo. Ou é, ou não é. Sem meio termo.
Difícil ela não racionalizar no que está se metendo; os prós, os contras. Mas acontece, e quando acontece, é furacão. Difícil pra ela lidar com aquilo que não se permite ser racionalizado, calculado, metrificado.
Como elas lidam com mágoas? De uma forma bem errada. Mania de guardar, guardar e guardar. E depois acabar despejando tudo de uma só vez, sem medir palavras, e muitas vezes magoando por magoar, magoando pra igualar a conta. Amadurecimento vai mudando isso, vai inserindo mais o diálogo na vida delas, mas é complicado pra ela exteriorizar certos sentimentos imediatamente, e ela muitas vezes acreditam mesmo, que podem superar.
Brigam pouco, brigam desastrosamente, brigam de deixar mortos e feridos, brigam de ficar mortas e feridas. Muitas vezes o machucar que ela causa é proporcional ao amor que ela sente.
Acuada, ataca. Magoada, também.
Por fim, um conselho, talvez pretensioso. Mantenha o interesse de uma capricorniana. Só aí você já a ganha, quase que por completo. Essas mulheres, que começam projetos cheias de paixão, o abandonam por pura falta de interesse, de tesão. E é assim com livros, e é assim com séries, e é assim com relações.
Essas mulheres que começam mornas, apaixonam-se, encantam-se, e se tornam pura obsessão. E é assim com livros, e é assim com séries, e é assim com relações.
Não seja aquele filme, que ela começa e não consegue terminar, apesar de chato, porque precisa finalizar tudo, pôr início, meio e fim em tudo.
Não seja essas séries, que não a causam mais paixão, e caem no esquecimento, até mesmo pra merecer um início, meio e fim.
Ainda que fosse real, gelo por um acaso não queima como o fogo?
Ela queima, derrete, arde, vira pó, renasce. Tudo isso sem mudar a expressão do rosto. Ela é uma bagunça metodicamente organizada.
Antes de te encontrar ela treina o ‘Oi’ dela, o teu ‘Oi’ e o ‘Como vai?’ que se segue, de ambos. Ela treina a fala, a réplica, a tréplica, e ai de quem não seguir o script.
Quatro elementos: Ar, água, fogo e terra. Quem mais terra que ela? A palavra chave pra ela é ‘certeza’. Ela quer certezas. Ela quer ter a certeza, que você quer com certeza, aquilo que nem ela sabe ainda se quer, ao certo. Mas ela precisa ouvir o:
- Sim, eu quero!
Para então dizer:
- Ah, legal. Vou pensar a respeito e te digo se quero tá. Não me pressione.
Loucas.
Interessantes.
Determinadíssimas.
Intensas.
Nervosas.
Ansiosas.
Ciumentas.
Leais.
Na maioria do tempo, fiéis. Mas sempre, leais.
Ela é leal quando colega, quando amiga, quando companheira, quando namorada, quando esposa, e quando tudo isso acaba. Lealdade, terra, raiz, segurança. Sugestões do Google ao pesquisar Caprica.
Ela não irá trair sua confiança, e se ela trair, ela irá se martirizar por isso, pois ela traiu a si mesma. Se você trair a confiança dela, ela sai dali. Você não irá mais encontrar ela no olhar, no abraço, no beijo, ela fica mesmo sem estar. Ausência presente.
Ela tem dificuldade de ir. De romper padrões, de colocar pontos finais. De cortar raízes. Mas algo nela vai embora, é quase que involuntário.
Você a perde. Ela fica, mas você a perde.
Assim como ela é leal, lealdade é importante demais para ela. Provavelmente a pior falta pra ela, a que mais machuca e tortura. Obrigar ela a ir. A encerrar um de seus ‘Para Sempre’.
Se a traição física machuca, a de companheirismo maltrata.
Elas não são frias, nada disso. A não ser que você provoque isso, o que elas podem ser é fechadas, de início. Muitas vezes acontece delas se tornarem cada vez mais práticas com relações duradouras, justamente pelo terreno estável, que a favorece e a deixa confortável.
Confortável pra ficar em silêncio, pra dormir do seu lado, e dormir mesmo. Pra relaxar, pra se abrir e o inserir em seu complexo mundo.
Aquele mundo inteiro, dentro dessas cabeças nascidas em verões, em veraneios.
Prepare-se para conversas de diálogo rápido, e vários assuntos simultâneos. Pra ouvir na segunda vez que você pergunta ‘O quê?’ um ‘Nada, esquece’.
Paixão. Pedrinha no sapato da caprica. Gente é desestabilizar o estável. Sacudir uma poeira intocada. Então a entrega dela tem um ou cinquenta tons de loucura. Mas é entrega mesmo. Ou é, ou não é. Sem meio termo.
Difícil ela não racionalizar no que está se metendo; os prós, os contras. Mas acontece, e quando acontece, é furacão. Difícil pra ela lidar com aquilo que não se permite ser racionalizado, calculado, metrificado.
Como elas lidam com mágoas? De uma forma bem errada. Mania de guardar, guardar e guardar. E depois acabar despejando tudo de uma só vez, sem medir palavras, e muitas vezes magoando por magoar, magoando pra igualar a conta. Amadurecimento vai mudando isso, vai inserindo mais o diálogo na vida delas, mas é complicado pra ela exteriorizar certos sentimentos imediatamente, e ela muitas vezes acreditam mesmo, que podem superar.
Brigam pouco, brigam desastrosamente, brigam de deixar mortos e feridos, brigam de ficar mortas e feridas. Muitas vezes o machucar que ela causa é proporcional ao amor que ela sente.
Acuada, ataca. Magoada, também.
Por fim, um conselho, talvez pretensioso. Mantenha o interesse de uma capricorniana. Só aí você já a ganha, quase que por completo. Essas mulheres, que começam projetos cheias de paixão, o abandonam por pura falta de interesse, de tesão. E é assim com livros, e é assim com séries, e é assim com relações.
Essas mulheres que começam mornas, apaixonam-se, encantam-se, e se tornam pura obsessão. E é assim com livros, e é assim com séries, e é assim com relações.
Não seja aquele filme, que ela começa e não consegue terminar, apesar de chato, porque precisa finalizar tudo, pôr início, meio e fim em tudo.
Não seja essas séries, que não a causam mais paixão, e caem no esquecimento, até mesmo pra merecer um início, meio e fim.
Suelen Vieira
Imagem: Fernanda Suarez
Imagem: Fernanda Suarez
Comentários
Postar um comentário